Líderes cristãos pedem ao Congresso que vote por acordo diplomático com o Irã

Dois funcionários denominacionais da Igreja dos Irmãos assinaram uma carta de líderes cristãos ao Congresso dos EUA, pedindo a aprovação do acordo diplomático com o Irã. O secretário-geral Stanley J. Noffsinger e o diretor do Office of Public Witness Nathan Hosler estão entre cerca de 50 líderes cristãos que assinaram a carta, de acordo com um comunicado do Conselho Nacional de Igrejas e do Comitê de Amigos da Legislação Nacional.

Também assinam a carta vários parceiros ecumênicos da Igreja dos Irmãos, entre eles Paul Nathan Alexander de Evangélicos para Ação Social; Arcebispo Vicken Aykazian, Legado, Igreja Ortodoxa Armênia; J. Ron Byler, diretor executivo do Comitê Central Menonita; Carlos Malave, diretor executivo da Christian Churches Together; John L. McCullough, presidente e CEO do Serviço Mundial da Igreja; Roy Medley, secretário geral da American Baptist Churches USA; Sharon Watkins, ministra geral e presidente da Igreja Cristã (Discípulos de Cristo).

A carta segue na íntegra:

Caro Membro do Congresso:

Como líderes cristãos nos Estados Unidos, estamos escrevendo para instá-los a votar a favor do acordo negociado sobre o programa nuclear do Irã. Vivemos pelo chamado de Deus para “buscar a paz e persegui-la” (Salmo 34:14). Após décadas de hostilidade, a comunidade internacional elaborou um acordo nuclear para limitar o programa nuclear do Irã e impedir que os Estados Unidos se aproximem de outra guerra devastadora no Oriente Médio.

O acordo diplomático de julho de 2015 com o Irã encolherá drasticamente e imporá restrições sem precedentes ao programa nuclear iraniano. Em troca, a comunidade internacional começará a suspender as sanções ao Irã. Também estabelece o regime de monitoramento e inspeção mais robusto já negociado para verificar a conformidade do Irã com as restrições de seu programa nuclear.

Como cristãos, nos sentimos chamados a falar sobre a possibilidade de paz. Como líderes religiosos do único país que já usou armas nucleares na guerra, temos a responsabilidade particular de falar com ousadia quando surgem oportunidades que levam ao desarmamento nuclear e à não proliferação em casa e em todo o mundo. Este acordo histórico nos aproxima um pequeno passo de um mundo livre de armas nucleares.

Este acordo ajuda a diminuir a tensão em uma região que já está sofrendo os efeitos da guerra e da violência de maneiras inimagináveis ​​para a maioria de nós nos Estados Unidos. É também uma prova da eficácia da diplomacia para tirar países à beira da guerra e resolver preocupações pacificamente.

Este é um momento para lembrar a sabedoria de Jesus que proclamou no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Esse acordo nos afasta ainda mais da possibilidade de guerra e outra nação com armas nucleares. Não há dúvida de que estamos todos melhor com este acordo do que sem ele. A rejeição deste acordo seria uma rejeição do progresso histórico que nossos diplomatas fizeram para tornar este mundo um lugar mais seguro.

As apostas sobre este assunto nunca foram tão altas. É por isso que mais de quarenta organizações nacionais, incluindo mais de uma dúzia de grupos religiosos, escreveram uma carta no início deste ano pedindo aos legisladores que votassem em apoio a este acordo. Os grupos observaram que esta “será uma das votações de segurança nacional mais importantes tomadas pelo Congresso desde a decisão de autorizar a invasão do Iraque”.

Como pessoas de fé, pedimos que você apoie o acordo internacional com o Irã e rejeite a legislação para minar o acordo. Nós estaremos orando por você.

— Encontre a carta completa com assinaturas postadas em http://mondoweiss.net/2015/08/christian-leaders-congress .

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