Associação de Ministros ouve o orador Pe. John Dear em 'Walking Toward Peace'


Por Del Keeney

Os participantes da Associação de Ministros da Igreja dos Irmãos deste ano tiveram o privilégio de receber o ensinamento e a narração de histórias do Pe. John Dear, padre jesuíta, autor e ativista pela não-violência. John (que preferia que o chamássemos assim e não “pai querido”) veio falar com os Irmãos com a forte convicção de afirmar quem somos como uma igreja de paz viva e nos desafiar a dar um passo adiante nesse chamado.

 

Foto de Keith Hollenberg
John Dear impressiona a Associação de Ministros.

 

Sua apresentação, “Walking Toward Peace”, foi baseada em grande parte em seu livro intitulado “The Non-Violent Life”, um dos cerca de 30 livros que escreveu relacionados à não-violência e à pacificação. Cada participante recebeu uma cópia deste recurso.

Ele descreveu sua tarefa conosco de ser um líder de torcida, chamando-nos a levar nossa herança de pacificação “um passo adiante” em nossas próprias vidas como pastores. Em nossa cultura e sociedade, ele declarou com franqueza, “somos especialistas em violência”. Para combater isso, precisamos escolher conscientemente ser não violentos em nossas respostas às situações e uns aos outros.

A pergunta convincente que permeou suas apresentações foi: “Onde você está no caminho para a paz?” Ele falou desse caminho como uma jornada para os seguidores de Jesus e ofereceu seu desafio particular aos pastores por meio desses três compromissos:

- Ser perfeitamente não violento consigo mesmo
— Ter um compromisso ridículo com a não-violência para com todas as pessoas e toda a criação
— Ter um pé no movimento global de base da não-violência.

Pe. A própria história de John Dear é um testemunho profundo do caminho para a paz. Quando jovem, ele se viu desafiado pelas palavras de Jesus no Sermão da Montanha. Na Capela das Bem-Aventuranças na Galiléia, confrontado com as palavras de Jesus estampadas em todas as paredes, ele teve a sensação convincente de que Jesus levava a sério a pacificação e a não-violência. Seus dias de aprendizado e experiência de desobediência civil não violenta com Daniel Berrigan o moldaram poderosamente. Sua jornada pode ser resumida como uma resposta à resposta de Berrigan sobre como proceder neste caminho de paz. Berrigan disse a ele: “Tudo o que você precisa fazer é encaixar sua história na história pacificadora de Jesus”. Em seu trabalho atual em uma paróquia no Novo México, ele continua a desafiar os poderes difundidos da violência com um ativismo persistente de não-violência.

Guiar seu testemunho é a convicção central de que nosso trabalho como seguidores de Jesus é promover o reino de Deus como Jesus fez. Ele reiterou as ações e palavras consistentes de Jesus, a partir dos relatos do evangelho, que abordaram a violência de seu mundo e cultura com respostas não violentas. Embora um afastamento para muitos de nós das interpretações tradicionais da Eucaristia e da cruz, ele nos lembrou que a Eucaristia ou Comunhão é a nova aliança da não-violência, e que as últimas palavras de Jesus à igreja (seus seguidores) antes de sua crucificação foram “ guardem suas espadas”, e o testemunho da cruz é que “a violência para aqui”.

Sua perspectiva profética desafiou os líderes pastorais a se levantarem contra o que ele chama de “anti-reinado” de Deus, exemplificado na cultura generalizada de violência que muitas vezes usa a linguagem da paz para descrever sua conduta. Com base nos testemunhos de Martin Luther King Jr., Mahatma Gandhi e dos irmãos Berrigan, ele nos lembrou do poder do amor incondicional e sacrificial.

Através da exploração das bem-aventuranças e Lucas 10, ele nos obrigou a ver nosso chamado na obra de não-violência de Jesus, a sermos públicos, mas não políticos em nossa atividade não-violenta, conscientes de que nossa cidadania está no reino de Deus, e a lembrar que nós mesmos somos “viciados em recuperação da violência” e precisamos lidar com a violência contra e dentro de nós mesmos enquanto trabalhamos em respostas não violentas à nossa cultura.

Descrevendo jocosamente seus muitos encarceramentos, ele nos conscientizou de que ser um seguidor de Jesus não violento tem sérias implicações. Espalhado ao longo de suas apresentações estava o lembrete de que nós, como pacificadores, fazemos parte da comunidade profética. Como tal, somos chamados a ser pessoas de esperança, que nas palavras de King “é a recusa final de desistir”.

— Del Keeney pastoreia Mechanicsburg (Pa.) Igreja dos Irmãos.

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